ATA DA TRIGÉSIMA NONA SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA TERCEIRA LEGISLATURA, EM 24-5-2004.

 


Aos vinte e quatro dias do mês de maio de dois mil e quatro, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, sendo respondida pelos Vereadores Aldacir Oliboni, Carlos Alberto Garcia, Cassiá Carpes, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Guilherme Barbosa, Haroldo de Souza, Helena Bonumá, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Margarete Moraes, Nereu D'Avila, Renato Guimarães, Sebastião Melo e Sofia Cavedon. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Beto Moesch, Carlos Pestana, Cláudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Gerson Almeida, Isaac Ainhorn, Maristela Maffei, Pedro Américo Leal, Reginaldo Pujol, Valdir Caetano e Wilton Araújo. Constatada a existência de quórum, a Senhora Presidenta declarou abertos os trabalhos e determinou a distribuição em avulsos de cópias das Atas da Décima Sexta, Décima Sétima, Décima Oitava e Décima Nona Sessões Ordinárias e da Décima Sexta e Décima Sétima Sessões Solenes que, juntamente com a Ata da Décima Quinta Sessão Solene, foram aprovadas. À MESA, foram encaminhados: pela Comissão de Saúde e Meio Ambiente, o Pedido de Informações nº 097/04 (Processo nº 2750/04); pelo Vereador Aldacir Oliboni, o Projeto de Lei do Legislativo nº 120/04 (Processo nº 2691/04); pelo Vereador Beto Moesch, os Pedidos de Providências nos 0976, 1015, 1016 e 1020/04 (Processos nos 2659, 2756, 2757 e 2769/04, respectivamente) e o Projeto de Resolução nº 081/04 (Processo nº 2731/04); pelo Vereador Cláudio Sebenelo, o Pedido de Providências nº 1035/04 (Processo nº 2793/04) e o Projeto de Lei do Legislativo nº 103/04 (Processo nº 2308/04); pela Vereadora Clênia Maranhão, o Pedido de Providências nº 0981/04 (Processo nº 2703/04); pelo Vereador Haroldo de Souza, os Pedidos de Providências nos 1021, 1022, 1023, 1024, 1025, 1026, 1027, 1028, 1029, 1030, 1031, 1032, 1033, 1036, 1037, 1038, 1039, 1040, 1041, 1042, 1043, 1044 e 1045/04 (Processos nos 2778, 2779, 2780, 2782, 2783, 2784, 2785, 2786, 2787, 2788, 2789, 2790, 2791, 2806, 2807, 2808, 2809, 2810, 2811, 2812, 2813, 2814 e 2815/04, respectivamente). Na ocasião, foi apregoado o Memorando nº 166/04, firmado pela Vereadora Margarete Moraes, Presidenta da Câmara Municipal de Porto Alegre, por meio do qual Sua Excelência informa que o Vereador Elói Guimarães representará externamente este Legislativo no IV Fórum de Responsabilidade Social, que será realizado no dia vinte e sete de maio do corrente, às quatorze horas, no Teatro do SESI da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul – FIERGS. Do EXPEDIENTE, constaram os Ofícios nos 03681, 06338, 06879, 07090, 07112, 09605 e 11848/04, do Senhor Reginaldo Muniz Barreto, Diretor-Executivo do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. Na oportunidade, por solicitação do Vereador João Antonio Dib, foi realizado um minuto de silêncio em homenagem póstuma ao Senhor Marco Antônio Damin, ex-Diretor de Patrimônio e Finanças desta Casa, falecido no dia de hoje. Após, a Senhora Presidenta concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR, ao Senhor Mário Teza, representando a Associação “SoftwareLivre.Org”, que convidou a todos para o “5º Fórum Internacional Software Livre – A Tecnologia que Liberta”, expondo os assuntos a serem discutidos nesse evento. Ainda, ressaltou que o Rio Grande do Sul e o Brasil são referências mundiais no campo do “software livre”, destacando a necessidade crescente do acesso à informática no cotidiano das pessoas. Na ocasião, nos termos do artigo 206 do Regimento, os Vereadores João Antonio Dib, Helena Bonumá, Cassiá Carpes e Carlos Alberto Garcia manifestaram-se acerca do assunto tratado durante e Tribuna Popular. Em continuidade, constatada a existência de quórum, foi aprovado Requerimento verbal de autoria do Vereador Sebastião Melo, solicitando alteração na ordem dos trabalhos, iniciando-se o GRANDE EXPEDIENTE, hoje destinado a assinalar o transcurso do quadragésimo aniversário do jornal Zero Hora, nos termos do Requerimento nº 086/04 (Processo nº 2436/04), de autoria dos Vereadores Sebastião Melo e Haroldo de Souza. Compuseram a Mesa: a Vereadora Margarete Moraes, Presidenta da Câmara Municipal de Porto Alegre; o Senhor Luis Roberto Ponte, Secretário do Desenvolvimento e Assuntos Internacionais do Estado do Rio Grande do Sul, representando o Governador do Estado do Rio Grande do Sul; o Senhor Geraldo Corrêa, Vice-Presidente da Unidade de Rádio, Jornais e Online da Rede Brasil Sul de Comunicação, representando o jornal Zero Hora; os jornalistas Marcelo Rech, Marco Aurélio, Paulo Sant’Ana e Rosane de Oliveira; o Coronel Irani Siqueira, representando o Comando Militar do Sul; o Vereador João Carlos Nedel, 1° Secretário deste Legislativo. Em GRANDE EXPEDIENTE, o Vereador Haroldo de Souza enalteceu a postura de isenção política apresentada pelo jornal Zero Hora, frisando a influência que o jornal tem na vida de milhares de leitores em todo o Rio Grande do Sul. Também, lembrou as diferenças entre o jornalismo praticado atualmente e no passado, argumentando que vários colunistas e jornalistas desse periódico se destacam no cenário nacional pela competência profissional que possuem. O Vereador Carlos Alberto Garcia destacou a qualidade da equipe de jornalistas do jornal Zero Hora, sustentando a influência que exercem na formação da opinião pública no Rio Grande do Sul. Ainda, ressaltou os serviços de informação prestados à sociedade pelo jornal Zero Hora nos últimos quarenta anos, congratulando os responsáveis por esse veículo de comunicação pela postura isenta apresentada ao longo do tempo. Após, a Senhora Presidenta registrou as presenças, como extensão de Mesa, do Senhor Renato Bohusch, representando o Vice-Governador do Estado do Rio Grande do Sul, do Senhor Luiz Quartieri, representando a Secretaria de Educação do Estado do Rio Grande do Sul, e da Senhora Nely Trindade, Assessora de Comunicação Social, representando o 5º Comando Aéreo Regional – COMAR. Em GRANDE EXPEDIENTE, o Vereador Elói Guimarães discorreu sobre a complexidade de se produzir um jornalismo de qualidade, argumentando que o jornal Zero Hora conseguiu, com muita competência, registrar, desde sua fundação, a história do Brasil e do Mundo. Também, salientou que esse periódico tem papel fundamental na formação de opinião dos gaúchos, alegando que o jornal Zero Hora há muito se consolidou como instrumento indispensável aos leitores do Estado. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Isaac Ainhorn lembrou que, apesar de certa complexidade no relacionamento entre o Partido Democrático Trabalhista e o jornal Zero Hora, essa relação sempre foi pautada pelo respeito mútuo. Ainda, elogiou o sucesso das campanhas desenvolvidas pela Rede Brasil Sul de Comunicação, com a participação do jornal Zero Hora, citando como exemplo a campanha “O Amor é a Melhor Herança – Cuide das Crianças”. Em GRANDE EXPEDIENTE, o Vereador Elias Vidal parabenizou o Vereador Haroldo de Souza pela iniciativa da presente homenagem, saudando os quarenta anos do jornal Zero Hora e destacando a dedicação dos profissionais desse órgão de comunicação. Também, referiu-se à questão da violência e das drogas no Município de Porto Alegre, mencionando as reportagens publicadas no jornal Zero Hora, as quais, segundo Sua Excelência, chamam a atenção da sociedade para o problema. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Luiz Braz lembrou período em que Sua Excelência trabalhou como comunicador em rádio e também na Rede Brasil Sul de Comunicação, relatando que é leitor assíduo do jornal Zero Hora desde sua chegada a Porto Alegre. Ainda, elogiou, especialmente, as colunas escritas pelos jornalistas Marco Aurélio, Paulo Sant’Ana e Rosane de Oliveira, cumprimentando o trabalho desenvolvido pela equipe de jornalismo do jornal Zero Hora. O Vereador João Carlos Nedel discorreu a respeito do jornal Zero Hora, ao longo dos seus quarenta anos de existência, ressaltando a qualificação dos recursos humanos como o diferencial dessa empresa e como fator que garante a liderança do segmento jornalístico no Estado. Também, chamou a atenção para a evolução do jornal Zero Hora, lembrando dificuldades que esse periódico enfrentou nos seus primeiros anos de vida. Em GRANDE EXPEDIENTE, a Vereadora Clênia Maranhão salientou que, através da presente homenagem, é possível reviver a história do Brasil e do Rio Grande do Sul, afirmando o comprometimento do jornal Zero Hora com a sociedade. Nesse sentido, reportou-se à campanha “O Amor é a Melhor Herança – Cuide das Crianças”, promovida pela Rede Brasil Sul de Comunicação – RBS – e pela Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho, elogiando a atuação dessa Fundação. O Vereador Ervino Besson teceu considerações acerca da grande popularidade do jornal Zero Hora, grifando que, segundo o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística - IBOPE, esse periódico possui mais de um milhão e trezentos mil leitores. Também, asseverou que durante seus quarenta anos de existência, o jornal Zero Hora sempre foi fiel ao seu público, transmitindo a realidade que se passa no mundo, devido à competência dos profissionais que lá trabalham. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Valdir Caetano realçou a importância do jornal Zero Hora, nos seus quarenta anos de existência, para a comunidade gaúcha, parabenizando o trabalho desse veículo em prol do desenvolvimento do Estado do Rio Grande do Sul. Finalizando, congratulou os profissionais da RBS pelo trabalho jornalístico que desenvolvem e recordou que o jornalista Paulo Sant’Ana já participou do programa de rádio “Voz da Comunidade”, apresentado por Sua Excelência. O Vereador Cassiá Carpes discorreu sobre a importância do jornal Zero Hora como veículo de integração da comunidade gaúcha, ressaltando o alcance que possui esse periódico junto aos Municípios do interior do Estado. Ainda, afirmou que o jornal hoje homenageado é referência nacional em termos de comunicação impressa, garantindo aos seus leitores o acesso a uma informação caracterizada pela diversidade e atualidade de seu conteúdo. Em GRANDE EXPEDIENTE, o Vereador Gerson Almeida saudou o transcurso dos quarenta anos do jornal Zero Hora, asseverando ser hoje um momento de reflexão sobre o significado de uma imprensa que, sendo forte, responsável e questionadora, contribui para a construção e manutenção de um Estado democrático. Nesse sentido, analisou os papéis representados pelos meios de comunicação no desenvolvimento econômico e social da comunidade. O Vereador Reginaldo Pujol, lembrando homenagem efetuada por esta Casa quando do transcurso dos trinta anos do jornal Zero Hora, declarou que a capacidade renovadora e o constante auto-aperfeiçoamento garantiram a esse periódico a confiança que detém junto à sociedade gaúcha. Finalizando, classificou o jornal Zero Hora como uma verdadeira “universidade de bons jornalistas”, caracterizada por conceitos como responsabilidade, seriedade e cumplicidade com o leitor. O Vereador Cláudio Sebenelo abordou a complexidade atinente à constituição de uma empresa do ramo jornalístico, salientando aspectos como a agilidade e capacidade exigida do profissional dessa área, tendo em vista a cobrança, pelo leitor, de um material em que se intercalem qualidade, novidade e profundidade de conteúdo. Também, atentou para a presença crescente da fotografia nos meios de comunicação, como registro direto da realidade vivenciada pelo ser humano. Em prosseguimento, a Senhora Presidenta concedeu a palavra ao Senhor Geraldo Corrêa, que, em nome do jornal Zero Hora, agradeceu a homenagem hoje prestada por este Legislativo, relativamente ao transcurso dos quarenta anos desse veículo de comunicação. Às dezesseis horas e vinte e nove minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às dezesseis horas e trinta e três minutos, constatada a existência de quórum. Às dezesseis horas e trinta e cinco minutos, a Senhora Presidenta informou que, em razão do falecimento do Senhor Marco Antônio Damin, ex-Diretor de Patrimônio e Finanças desta Casa, seriam encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária da próxima quarta-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pela Vereadora Margarete Moraes e secretariados pelo Vereador João Carlos Nedel. Do que eu, João Carlos Nedel, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada por mim e pela Senhora Presidenta.

 

 


A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Sr. João Antonio Dib está com a palavra.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB (Requerimento): Srª Presidenta, com muita tristeza eu peço que a Casa faça um minuto de silêncio em memória do nosso Diretor Financeiro, Dr. Marco Antônio Damin.

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Deferimos o pedido.

 

(Faz-se um minuto de silêncio.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Passamos à

 

TRIBUNA POPULAR

 

O Sr. Mário Teza, representando a Associação Software Livre, está com a palavra para tratar de assunto relativo ao lançamento do 5º Fórum Internacional Software Livre, pelo tempo regimental de 10 minutos. Seja bem-vindo, Mário Teza.

 

O SR. MÁRIO TEZA: Srª Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores presentes, próximos homenageados aqui, software livre é uma tecnologia, como qualquer outro programa de computador. A diferença é que vocês - as empresas, as ONGs - terão certas liberdades que não têm num software convencional. Vocês poderão alterar, distribuir, copiar, reduzindo em muito os custos de utilização dessa tecnologia.

Hoje em dia, é impossível que qualquer pessoa consiga, mesmo aquela que não tem dinheiro, viver sem a informática. Para isso existe um movimento internacional - e no Brasil é muito forte - chamado Movimento Software Livre. Essa tecnologia já chegou ao Rio Grande do Sul há muito tempo, apesar de a maioria desconhecer. Na gestão do Governador Collares, ela começou no Rio Grande do Sul. A gestão da Procergs estava a cargo de Jorge Barnaschi, filho de um ex-Deputado do antigo PTB. Continuou na gestão de Antônio Britto, sob o comando de Solon Lemos Pinto, na Procergs. Teve seqüência na gestão de Olívio Dutra, com Marcos Mazzoni, e no Governo Rigotto, com Rubens Argenta, do Partido Humanista, e agora com Carlos Alberto Pacheco, do PMDB.

Então, essa é uma tecnologia que, independente de Partidos, independente de visão ideológica, tem-se constituído no nosso Estado. O nosso Estado hoje é uma referência mundial nessa tecnologia. Por isso nós teremos, aqui, de 02 a 05 de junho, mais de 300 palestrantes de todos os continentes. Serão mais de cinco mil pessoas e em torno de mil e setecentas empresas, ONGs e entidades. Apesar de o grande público desconhecer, essa vai ser uma atividade muito relevante, tanto que inclusive a BBC de Londres vem cobrir. A Zero Hora, que está aqui, já preparou um caderno especial de informática que sairá na semana do evento. Assim, todos nós podemos ver a amplitude dessa iniciativa. Não é a primeira vez que a Zero Hora faz a cobertura desse evento. Em 2000, fez uma excelente cobertura, e nos anos seguintes.

É importante que a Câmara saiba desse acontecimento, porque a Câmara foi protagonista de uma Lei Municipal nesse sentido.

Nós sabemos que esse assunto é polêmico, nós sabemos que não há uma única verdade, mas as iniciativas que o nosso Estado e que a nossa Cidade têm tido, independente da visão partidária, são fundamentais para nos colocar no centro do debate.

Há pouco tempo nós presenciamos várias iniciativas no sentido de trazer empresas de tecnologia para o Rio Grande do Sul. Isso é fundamental, e já está, há muito tempo, esse movimento da sociedade civil ajudando nesse sentido. Nós trouxemos empresas para o Rio Grande do Sul, trouxemos profissionais, pesquisadores e pesquisadoras e estamos trazendo, nesses três dias, um enorme afluxo no turismo de negócios, no turismo de pesquisa, no turismo de compartilhamento do conhecimento. Então, trazemos o convite para os senhores, para as senhoras e à Presidente, aqui, com certeza, para fazer parte da abertura, junto com a presidência do Congresso Nacional.

Para vocês terem uma idéia, nós temos uma frente parlamentar cujo Presidente de honra é o ex-Presidente José Sarney. Somos mais de 130 Parlamentares, do PL, do Prona, PCdoB, PT, passando por PTB, PDT, PSDB, PMDB, todos os Partidos aqui representados nesta Câmara e outros que nós não temos no Rio Grande do Sul. Então, isso para nós é motivo de orgulho. Vocês, aqui na Câmara, fazendo o papel de vocês; nós, na sociedade civil, nas universidades, nas empresas privadas, estamos cada vez mais transformando o Rio Grande do Sul no que é dito lá fora, a terra do software livre. (Palmas.)

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Convido o Sr. Mário Teza a fazer parte da Mesa. Seja bem-vindo a esta Casa.

O Ver. João Antonio Dib está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidenta, Verª Margarete Moraes; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, meu caro Mário Teza, nós queremos cumprimentá-lo pelo lançamento do 5º Fórum Internacional de Software. Mas, mais do que isso, chamaram-me profundamente a atenção as palavras de V. Sª quando disse que a tecnologia não tem Partido, e eu gostaria que todas as coisas, como a tecnologia, assim como o bem comum em todos os momentos também não tivessem Partido. Eu acho que essa pregação de V. Sª é excelente. Meus cumprimentos. Saúde e PAZ!

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Obrigada, Ver. João Antonio Dib.

A Verª Helena Bonumá está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

A SRA. HELENA BONUMÁ: Nossa saudação, em nome do PT, ao companheiro Mário Teza, que vem a esta Casa fazer o lançamento do 5º Fórum Internacional do Software Livre, que, mais uma vez, projeta Porto Alegre no cenário nacional com um tema de extrema relevância. Nós sabemos que os fóruns internacionais têm agregado técnicos, militantes, pessoas, enfim, que trabalham com a tecnologia da informação no mundo inteiro e que lutam pelo processo de democratização do acesso à informação num mundo que é extremamente concentrado ainda do ponto de vista do poder, da riqueza, da produção do conhecimento. O tema do 5º Fórum - A Tecnologia que Liberta - é importante, porque liberta a possibilidade de conhecimento, liberta o acesso, liberta a capacidade criativa das pessoas, e acho muito importante que se realize, aqui na nossa Cidade, esse evento. Porto Alegre já teve, aprovada por esta Câmara de Vereadores, a Lei que permite ao Poder Público Municipal usar preferencialmente essa tecnologia, o software livre, na Administração Pública. Atualmente, a Rede de Telecentro da Prefeitura de Porto Alegre está migrando para o software livre,  que nós entendemos que abre toda uma possibilidade de conhecimento e de integração, principalmente da nossa juventude nessa área. Portanto, parabéns ao Movimento Brasil Software Livre, ao Movimento Software Livre RS, também, que são organizadores desse evento. Parabéns à cidade de Porto Alegre que vai receber esse contingente de militantes, de técnicos, de pessoas interessadas de todo o mundo, tornando a nossa Cidade uma referência num tema tão importante. Com certeza a Câmara de Vereadores estará presente nesse evento.

(Não revisto pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Cassiá Carpes está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. CASSIÁ CARPES: Srª Presidenta, quero saudar o Sr. Mário Teza, é uma satisfação recebê-lo aqui. Quero dizer da importância do lançamento do 5º Fórum Internacional Software Livre e que esta Casa está, como foi visto pelos demais Vereadores, apoiando. É uma forma de inserir Porto Alegre nesse aspecto internacional. Então, eu entendo que a Bancada do Partido Trabalhista Brasileiro deve se solidarizar, dar todo o apoio para que nós tenhamos êxito na Capital, porque isso vem, cada vez mais, contribuir para o fortalecimento desse aspecto democrático, mas também desse aspecto importante nessa área tão importante, num aspecto internacional. Então, Porto Alegre  não pode fizer atrás. Parabéns por esse 5º Fórum Internacional, em Porto Alegre. Essas são as felicitações do Partido Trabalhista Brasileiro.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Carlos Alberto Garcia está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: Prezado Sr. Mário Teza, da Associação Software Livre, queremos parabenizá-lo pelo lançamento do 5º Fórum Internacional Software Livre, e dizer que me lembro bem, na oportunidade, quando esse Projeto, que hoje é Lei, foi discutido nesta Casa. E, hoje, como o senhor bem falou, a questão da tecnologia, a apropriação, o conhecimento, hoje, se dá dessa forma. O conhecimento tem de ser de todos, não pode ser reservado para alguns, embora, no nosso mundo moderno, saibamos que, teoricamente, é acessível a todos mas, na prática, apenas a uma minoria - o software livre vem em busca disso, de fazer com que todos tenham acesso. Em nome disso, então, queremos parabenizá-lo.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Não havendo mais manifestações, eu agradeço a presença do Sr. Mário Teza nesta Casa, volte sempre. E tenho certeza de que o 5º Fórum Internacional Software Livre será um grande sucesso, porque é um fato muito importante, não apenas para a Câmara, mas para toda a cidade de Porto Alegre. Sucesso.

O Ver. Sebastião Melo está com a palavra.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO (Requerimento): Srª Presidenta, Verª Margarete Moraes; eu requeiro a inversão da ordem dos trabalhos para que possamos entrar, imediatamente, no Grande Expediente, conforme Requerimento já acostado à Mesa, para homenagear os 40 anos do jornal Zero Hora.

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, o Ver. Sebastião Melo propõe uma inversão da Pauta para que possamos entrar no período de Grande Expediente, de imediato.

Em votação o Requerimento do Ver. Sebastião Melo. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.)  APROVADO por unanimidade.

Passamos ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

Hoje, período destinado a assinalar o transcurso do 40º aniversário do jornal Zero Hora, nos termos do Requerimento nº 086/04, de autoria dos Vereadores Sebastião Melo e Haroldo de Souza.

Eu convido a compor a Mesa dos trabalhos o Sr. Geraldo Corrêa, representante do jornal Zero Hora, Vice-Presidente da Unidade de Rádio, Jornais e On-line; Dr. Luis Roberto Ponte, representante do Governador do Estado do Rio Grande do Sul, Secretário de Desenvolvimento e Assuntos Internacionais. Convido, com muito orgulho, para compor a Mesa dos trabalhos, também os jornalistas Marcelo Rech, Rosane de Oliveira, Marco Aurélio e Paulo Sant’Ana, e, também, o Coronel Irani Siqueira, representante do Comando Militar do Sul.

O Ver. Haroldo de Souza está com a palavra em Grande Expediente, como proponente desta homenagem.

 

O SR. HAROLDO DE SOUZA: Srª Presidenta e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) “Já leu sua Zero hoje?” Antes de uma peça publicitária, é a certeza de que todos os dias só serão completos se a gente ler a Zero Hora. Esse Jornal tornou-se um vício dos gaúchos de todos os cantos e recantos.

Tudo começou naquele dia 04 maio de 1964: “Nasce, hoje, um novo jornal, autenticamente gaúcho, democrático, sem vínculo ou compromissos políticos”. Tanto que, de seu quadro de funcionários, é proibido sair candidato a cargos públicos. Que o diga o cidadão Fogaça, o próprio Paulo Sant’Ana, que está aqui presente, o Lasier Martins, e lembremos o saudoso Mendes Ribeiro e tantos outros homens da comunicação que são brecados por aquela declaração de princípios do dia 04 de maio de 1964.

O jornal Zero Hora chega, neste ano de 2004, celebrando ainda uma conquista maior do que aquela de manter os gaúchos e gaúchas bem informados. O jornal Zero Hora se converteu em instrumento de utilidade prática para o leitor, e muitos são os exemplos de que o Jornal trouxe a resposta para as necessidades de cada um.  Zero Hora interfere no cotidiano das pessoas. Mas um jornal tem sua história marcada pela atuação dos seus profissionais, e a “Zero” sempre primou pela qualidade profissional, o talento de cada um de seus colaboradores e a preocupação no dia-a-dia. Lembro-me, como se fosse hoje, do José Antônio Ribeiro, o saudoso “Gaguinho”, todos os dias, preocupado se a coluna havia saído bem ou não, porque todos os dias eu lia - e leio ainda - a Zero Hora como instrumento, como bússola que guia os meus caminhos na informação que preciso ter para o meu trabalho profissional. Lembrei do “Gaguinho” como devo lembrar do talentoso Sampaulo; do amigo inesquecível Carlos Nobre, que montava quase sempre a sua coluna na mesa de um bar, e eu junto. Como era bom aquele tempo da simplicidade, das rotativas, mas também das dificuldades no trabalho, ainda longe dessa louca tecnologia que vai engolindo o tempo e também engolindo alguns profissionais.

Quem viveu por 17 anos ali no prédio da RBS, em meio a microfones da Rádio Gaúcha e a máquinas do jornal Zero Hora, sabe muito bem o que significa data para os homens que comandam esse complexo de comunicação do Rio Grande do Sul, um dos orgulhos deste País. A cada vitória de um dos membros desse grupo de comunicação, da Rádio Gaúcha, da RBS TV e, no caso, agora, do Jornal, que completa 40 anos de vida, de trabalho diário pelas coisas de nossa terra, do nosso chão, da nossa gente, vibram os seus diretores.

Zero Hora é para ser consumida todinha, todas as suas colunas, mas duas se destacam na vida atual desse Jornal, para mim: a coluna do Paulo e do David. David Coimbra nos faz viajar para as mais diferentes regiões da nossa mente e de nossas fantasias. Paulo Sant’Ana é o crítico mordaz, mas também e principalmente um psicólogo a escrever aquilo que todos gostariam de escrever, mas não conseguem porque não sabem, porque falta uma inspiração. Uma das últimas do Paulo, fantástica, não sei se foi ontem ou anteontem, a do “Viagra Brasileiro”, que o Paulo Sant’Ana teme que possa ser como a Base de Alcântara - não sobe nunca um foguete! E tenho certeza, se uma pesquisa for feita, que o Paulo Sant’Ana ganha disparado como preferido da primeira leitura, do primeiro espaço a ser consumido todas as manhãs.

Por isso, nesta homenagem, uso as palavras escritas pelo Paulo, também um dos responsáveis por eu estar aqui. Das palavras dele, eu faço o restante dessa nossa homenagem ao Jornal que é comandado pelo Grupo da RBS, orgulho nosso, do Rio Grande, perante a imprensa nacional e internacional. Escreveu o Sant’Ana: “Quantos milhões de gaúchos pousaram os seus olhos nesses 40 anos no jornal Zero Hora? Quantas gerações correram para ler informações e opiniões nas páginas deste Jornal que viu sua dimensão exceder a sua cidade para tornar-se bússola de todas as manhãs de todos os leitores deste País? E quantas milhares de pessoas emprestaram a sua colaboração como gráficos, mecânicos, engenheiros, jornaleiros, motoristas, gerentes, fotógrafos, diretores, escriturários e jornalistas? Uma legião!

Entre tantos funcionários de Zero Hora que se destacaram regionalmente e nacionalmente, não só no jornalismo como na política, nas artes, nas ciências, em todos os setores da vida pública e privada brasileira, cumpre-nos homenagear os que já se foram, que, a exemplo dos que ainda hoje estão em atividade na trincheira, entregaram suas vidas para a construção desse patrimônio histórico e jornalístico, que se constituiu num periódico que atravessa quatro décadas.

Sim, porque não há como se fazer um jornal sem entregar-se inteiramente a ele; é uma atividade como tantas outras que exige dedicação total dos seus servidores, entusiasmante, embriagadora, indormida, vigilante. Mas esta, sim, uma atividade ímpar entre todas as ímpares, em que os que a manejam, a elegem como o principal valor de suas vidas, acima às vezes até de suas famílias.”

Recebam, senhores Dirigentes do jornal Zero Hora, na figura do seu Diretor, Sr. Geraldo Corrêa, os parabéns de toda a Câmara Municipal, em nome do povo de Porto Alegre, um Jornal que chegou sorrateiramente em 1964, instalou-se como um posseiro nos corações de todos os gaúchos, incorporando-se à vida dos rio-grandenses, que hoje escreve e é a própria história do nosso Rio Grande do Sul.

A propósito, você já leu a sua Zero hoje? Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Carlos Alberto Garcia está com a palavra em Grande Expediente, por cedência de tempo do Ver. Dr. Goulart .

 

O SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: Srª Presidenta, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Primeiramente queremos agradecer ao Ver. Dr. Goulart, que estava escrito para esta Sessão e cedeu o seu tempo, em vista de que, neste momento, foi chamado para resolver algumas questões da sua área, a área médica. Queremos, também, parabenizar o Ver. Haroldo de Souza por esta iniciativa.

O Ver. Haroldo de Souza colocou e citou um pouco do jornal Zero Hora. Sem sombra de dúvidas é um dos jornais mais lidos do nosso Estado, um Jornal preocupado com a informação, com a política, com a economia, com a cultura; um Jornal que consegue perpassar por todos os segmentos da nossa sociedade.

Hoje, presentes aqui conosco três jornalistas que têm coluna dentro do jornal Zero Hora. A Rosane de Oliveira, que consegue, em uma missão difícil que recebeu recentemente, ter uma das colunas mais lidas do Rio Grande do Sul, que é a página 10, e também consegue, aos poucos, “dar a sua cara” para este Jornal; normalmente, abre-se a página 10 para se saber o que está ocorrendo em termos de política no nosso Estado.

O Marco Aurélio é um chargista que consegue transpor, para o momento atual, a realidade, fazendo com que aquela ironia, aquele toque satírico retrate aquilo que está ocorrendo em Porto Alegre, no Estado, no País e no mundo. O Marco Aurélio é vocacionado para isso. Ele consegue, fazendo uma coisa simples, algo que só no olhar conseguimos identificar - e identificamos de maneira prazerosa. Muitas vezes, até achamos que é forte, mas o Marco consegue, com a sua habilidade, com essa maneira de interação, simplesmente através de uma imagem, de uma palavra, dizer tudo daquele momento.

O Paulo Sant’Ana, eu digo que é um grande gourmet, porque ele consegue escrever de tudo e fazer dos seus assuntos algo que a população consome de bom grado. É por isso que ele é polêmico, porque ele pega um assunto e lança. Ele espalha chumbo e vai catando, e vai catando. Com relação ao aumento de combustíveis, um assunto que desde agosto vínhamos discutindo aqui nesta Casa - ingressamos no Ministério Público a cada aumento -, próximo da Páscoa, tu soltaste a bomba. E tu foste um eco. Tu consegues, como um grande cozinheiro, fazer com que as pessoas possam saborear aquilo que tu pinças: as angústias. Tu consegues fazer uma interação tão grande com um assunto macro ou ao mesmo tempo retratando uma carta pessoal. Daí a pouquinho aquela carta é o sentimento de milhares e milhares de pessoas do nosso Rio Grande.

É em cima disso que eu vejo que este Jornal consegue fazer essa simbologia, de buscar a informação, retratar aquilo que é realçado dentro de todos os campos da natureza humana, mas com algo que é grandioso. Fazer a informação do dia-a-dia é algo difícil, porque a cada dia se renova, a cada dia são vistos os acontecimentos. E isso o jornal Zero Hora consegue fazer com perfeição. Portanto, nós gostaríamos de parabenizar este Jornal que, ao longo de seus 40 anos, tem servido de informação, de motivação, de fonte de pesquisa.

No ano passado, tivemos a oportunidade de presidir, nesta Casa, uma Comissão Especial que tratava sobre as crianças e os adolescentes em situação de risco no Município de Porto Alegre, e o trabalho que o jornal Zero Hora fez, em uma campanha, serviu de recurso didático, porque os assuntos elencados, os assuntos pesquisados, quase todos eram assuntos referenciais. Temos o cuidado, porque o Jornal às vezes tem essa dinâmica de pautar os temas aqui dentro, porque as informações que nós, Vereadores, recebemos são as mais distintas, e, a exemplo do Jornal, aquilo que acontece distante, lá na Estrada do Varejão, no Lami, ou lá na Ilha da Pintada, as pessoas muitas vezes nos comunicam e avisam. É também assim que o faro jornalístico é buscado, é pinçado um determinado assunto, trazido para o quotidiano, lançado para o público, e a notícia está feita; e é em cima disso, desse trabalho de informação que busca a ampliação da política, da economia, da cultura, do esporte, ou seja, todos os segmentos.

Em nome do nosso Partido, o Partido Socialista Brasileiro, em nome do Dr. Goulart, que cedeu o seu tempo, nós gostaríamos, mais uma vez, de parabenizar e dizer: continuem neste dia-a-dia de fazer e buscar a informação para todos. Muito obrigado. (Palmas.)

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Quero registrar e agradecer a presença de todas as pessoas que prestigiam a Câmara Municipal neste momento e também registrar, como extensão de Mesa, o Sr. Renato Bohusch, representante do Vice-Governador do Estado do Rio Grande do Sul; o Sr. Luiz Quartieri, representante da Secretaria de Educação do Estado do Rio Grande do Sul, e a Srª Nely Trindade, representante do V Comar.

O Ver. Elói Guimarães está com a palavra em Grande Expediente.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Srª Presidenta, Verª Margarete Moraes, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Eu tenho dito nesta Casa que há instituições que, em acaso homenageando, se sentem homenageadas, é o que está ocorrendo hoje, aqui na Câmara Municipal de Porto Alegre, quando a Casa do Povo da cidade de Porto Alegre homenageia os 40 anos do jornal Zero Hora e, portanto, também está sendo homenageada.

Quero fazer uma síntese do fenômeno, disso que se chama jornal, ou poderíamos dizer mídia. O jornal é uma complexidade! Muitas vezes nós visualizamos o papel, os cadernos, os textos, mas isso é o jornal? Não! Absolutamente, não! O jornal transpõe esses lindes físicos, materiais, do papel, para se constituir numa grande complexidade, onde estão ali encartados - jornalistas, editorialistas, sendo que os mais diferentes ramos de atividades canalizam o pensamento por ele - funcionários, máquinas, papéis. Portanto, toda essa complexidade nós chamamos de jornal. E, lá, do outro lado, na outra extremidade está o leitor - o fato, o jornal e o leitor -, a opinião, o assunto técnico e o leitor! Então, o jornal compõe a tríade da comunicação social e alimenta a mídia, os demais instrumentos da comunicação, tanto televisado como radiofonizado. O jornal é exatamente um instrumento que poderíamos dizer “integral”, é o testemunho e o ator da história, porque aos seus 40 anos, que hoje aqui comemoramos, nós consignamos que o jornal Zero Hora registrou 40 anos de história da Cidade, do Estado, do País e do mundo, mas não só, ex-Vereador Paulo Sant’Ana, consignou o registro, como interagiu com os fatos, deles participou, opinando e formando a opinião pública.

Então, vejam que ente magnífico, assim poder-se-ia chamar o jornal, a mídia, a comunicação social.  Vivemos a era da comunicação, e quem fala na era da comunicação fala na era do conhecimento. Não há conhecimento sem comunicação. O jornal transcende os seus papéis para se projetar na relação, na interação social como um instrumento indispensável ao homem contemporâneo. E o hábito que as pessoas constroem com o jornal é um hábito invisível, ali está a materialidade do jornal no hábito, porque as pessoas têm no jornal a informação, têm no jornal o conhecimento, a ciência que passa pela comunicação do jornal.

Então, vejam que momento transcendental este para uma Casa Legislativa que depende da comunicação, como o conjunto da sociedade depende da comunicação. A informação e os fatos só são apropriados pelo povo se houver a comunicação, e um dos fundamentos mais importantes da comunicação é a comunicação escrita, porque, já disse e todos dissemos, ela alimenta a comunicação falada e a comunicação televisiva.

É muito bom para a Casa poder fazer essas rápidas reflexões quando temos a oportunidade, aqui, de homenagear também a RBS e aqui lembrar essa figura imortal de Maurício Sirotsky Sobrinho, cumprimentar toda esta “nação Zero Hora”, composta até do jornaleirinho lá, daquele que vai entregar o jornal, dos seus funcionários no campo administrativo, técnico, e do seu quadro de verdadeiros talentos. Dizer aqui, por exemplo, que o jornal Zero Hora é composto de uma academia nos mais diferentes setores do conhecimento é exatamente trazer aqui o óbvio.

E também, quando se homenageia o Jornal, estamos homenageando os seus leitores, porque o Jornal estabelece um grande encontro entre o jornal, a opinião, o leitor, e aí se estabelece toda uma complexidade importante e indispensável na vida do homem contemporâneo, que, como regra, não sai de casa - e é o caso aqui do nosso jornal Zero Hora, que vem construindo a história aqui do Rio Grande - sem ler o jornal. É um hábito que eu diria até meio cruel, porque não se vive mais, Rosane, fora da informação. Eu até diria, Paulo Sant’Ana, que a informação é um componente químico, ela é indispensável para que possamos iniciar o dia, executar nossas atividades.

Fica aqui, em nome do Partido Trabalhista Brasileiro - outros se manifestarão -, a nossa saudação para que o jornal Zero Hora continue a sua caminhada, registrando a história, contando a história no seu cotidiano, não a história do vencedor, a história do dia-a-dia e, também, formando opinião. Portanto, é um dia extraordinário, quando temos esta oportunidade de saudar o jornal Zero Hora. E quando todos aqui vimos à tribuna, não é o Vereador que está falando, Marco Aurélio, é a Cidade que, por seu intermédio, na síntese da pluralidade da Casa, quer agradecer ao Jornal, quando realiza os seus 40 anos. Portanto, a nossa saudação ao jornal Zero Hora. E eu tenho a certeza e a convicção de que o Jornal continuará na sua caminhada, interagindo, cada vez mais, na relação socioeconômica, cultural, política, com a Cidade, com o Estado e com o País.

Então, todos recebam - desde o povo, o leitor, o jornaleirinho, até o mais graduado, o seu Presidente, Nelson Sirotsky, passando por todos os setores - a homenagem desta Casa e a certeza de que, caminhando assim, vamos concretizar os grandes sonhos de uma Cidade feliz, desenvolvida, de um Estado desenvolvido e de um País que congrace com seus filhos esta grande comunhão que existe do povo com o jornal Zero Hora, do povo com a mídia. Obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Isaac Ainhorn está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ISAAC AINHORN: Srª Presidenta desta Casa, Verª Margarete Moraes; Sr. Geraldo Corrêa, Vice-Presidente da Unidade de Rádio, Jornais e On-line, representando o jornal Zero Hora, na pessoa de quem eu também homenageio o nosso querido Fernando Ernesto Corrêa, que integra o Conselho de Administração desta Empresa; Sr. Luis Roberto Ponte, Secretário de Desenvolvimento e Assuntos Internacionais, representando o Governador do Estado do Rio Grande do Sul, esta querida figura que, quanto mais anos ganha, assim como o vinho, fica mais qualificado nas suas manifestações tanto na briga como na polêmica; meu caro amigo Marcelo Rech; minha amiga Rosane de Oliveira; meus amigos Marco Aurélio e Paulo Sant’Ana; meu amigo Coronel Irani Siqueira, representando o Comando Militar do Sul; meus colegas Vereadores; minhas senhoras e meus senhores, eu teria vários pontos para falar, mas, só nas saudações, já foi um minuto e meio, então, eu vou ter de elaborar e qualificar o meu poder de síntese. Como já disse, no passado, Ortega y Gasset: “A clareza era a cortesia do filósofo” - eu tenho dito, parafraseando-o, que a brevidade é a cortesia do político. Então, vou ser breve.

Em primeiro lugar, eu quero dizer que estou aqui em tempo de Comunicação de Líder do meu Partido, o PDT, e falo em nome dos Vereadores Ervino Besson, Nereu D’Avila, João Bosco Vaz, que é o Líder da nossa Bancada, e do Ver. Dr. Goulart. 

As nossas relações, meus caros, Dr. Geraldo, Marcelo, Rosane, do trabalhismo, do PTD, com o jornal Zero Hora, com a instituição, com toda a estrutura, são uma história muito complexa de amores e desamores, mas eu guardo a convicção de que é muito mais de amores do que de desamores. Só briga quem se ama, não é assim, Paulo Sant’Ana, nosso especialista? Então, só briga quem se ama. Depois, nós sentamos todos à mesa, de preferência à noite, e começamos a nos entender. Tanto é verdade que eu quero aqui dar um crédito - não vou falar, hoje é uma homenagem -; nas relações com o trabalhismo, nunca o jornal Zero Hora deixou de registrar e de reconhecer o papel histórico de seus grandes líderes. Nos 40 anos da Legalidade houve um caderno do jornal Zero Hora - como nós temos um chefe, um líder -, a maior parte dele entrevistando o grande líder da Legalidade, Leonel de Moura Brizola. Cito esse exemplo. Uma outra grande figura do trabalhismo, que também tinha uma ligação histórica com o Grupo RBS, foi a figura do Presidente João Goulart, que foi quem fez a concessão para o funcionamento da RBS. Não sei se já era esse o nome, mas era por ali. Então, vejam a beleza das relações, e nós ficamos, com isso, muito tranqüilos. Até temos, na Direção, alguns filiados, coisa surpreendente. Ficamos tranqüilos nessa história, está aí o Paulo Sant’Ana, nossa figura querida, que quase ensaiou uma candidatura a Senador pelo trabalhismo. Depois, ele deu uma explicação, tudo bem, ficou aí para justificar a sua não... Eu acho que aquela eleição era uma barbada.

Eu poderia falar... E o tempo já se escoa, mas eu queria aqui fazer essas referências da importância da nossa relação, do nosso convívio e da nossa ligação profunda, e do reconhecimento não só do ponto de vista partidário, mas do ponto de vista comunitário, de todas as campanhas as quais a Zero Hora realizou, cito uma das últimas, que se perpetuou e que está na história da Cidade: “O Amor é a Melhor Herança, Cuide das Crianças”, todas as pessoas estão com decalco, e não são meia dúzia de decalcos, são  milhares espalhados por este Rio Grande.

Portanto, uma instituição que leva uma campanha dessa natureza, que consegue fazer aquilo que Jayme Sirotsky disse, certa feita - eu acho que lá nos 30 anos do aniversário de Zero Hora -, lá na frente do prédio da Zero Hora: “É a atividade mais complexa que tem, porque diariamente nós temos de fazer o produto”. Então, produzir...não é produzido em série, tem de ser no dia a dia. E para cometer o erro é uma barbada, porque, diariamente, uma informação, um dado errado, uma fonte que dá uma informação errada...é diariamente, não é produzido em série.

E, por último, uma homenagem aos cronistas que escrevem da direita para a esquerda, como eu tenho uma raiz histórica judaica, eu começo a ler o Jornal de trás para frente, da direita para a esquerda, assim eu consigo, no domingo, prestar uma homenagem ao Marco Aurélio e, diariamente, ao nosso Paulo Sant’Ana. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Elias Vidal está com a palavra em Grande Expediente.

 

O SR. ELIAS VIDAL: Srª Presidenta e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Quero, em primeiro lugar, atender o pedido de um amigo, o Ver. João Dib, que me pediu que dissesse que o Sant’Ana foi um grande Vereador nesta Casa. Está dado o recado.

Quero dizer aos senhores, Vereadores e Vereadoras, que, para este Vereador, Elias Vidal, é uma honra estar aqui diante de homens e mulheres que considero verdadeiros gigantes da comunicação. Eu, humilde cidadão que veio da periferia da Cidade, jamais imaginei que um dia estaria neste momento tão nobre diante dos senhores.

Aproveito para parabenizar o Ver. Haroldo de Souza por esse Requerimento, é com justiça esse tributo que faz. Sendo V. Exª de uma outra empresa, teve a grandeza e a sensibilidade que outros talvez não tivessem de fazer o que está fazendo. Parabéns, Vereador! Aproveito este tempo nobre que tenho para dizer em poucas palavras como este Vereador interpreta, qual a leitura que faz dos 40 anos de Zero Hora.

Tenho 46 anos. Quando a Zero Hora começou, eu  tinha seis anos de vida. A leitura que faço, a interpretação que dou a esse contexto, a esses 40 anos, é de que o jornal Zero Hora é um facilitador da vida humana. É um Jornal que facilita esta vida, que já é tão complicada - todos os dias temos tantos transtornos e problemas -, é um Jornal que ajuda a organizar a vida humana. E não é “rasgação de seda.” Esse pensamento não é só meu. Basta ler uma única vez a Zero Hora para lá encontrar tudo aquilo de que precisa. Tudo o que é básico na vida de uma família, de uma sociedade organizada, encontra-se na Zero Hora. E isso facilita muito a vida de qualquer pessoa.

Eu acredito que muitas pessoas da sociedade, milhares e milhares delas, não conseguem dar o “pontapé” inicial no seu dia sem antes dar uma espiada no jornal Zero Hora e ler aquilo que mais lhe interessa. Todos os senhores estão de parabéns, seus funcionários. Quero te dizer, Sant’Ana, que tu escreves... Eu sou um teólogo, quantas vezes tenho lido a Zero Hora, leio a tua matéria e penso, em silêncio, fazendo a leitura, a reflexão: como um homem desses consegue ter uma sensibilidade, uma iluminação, ao escrever e passar tanto coração na sua mensagem! É uma mensagem que abre portas, destranca caminhos, pela forma como é colocada. E muitas vezes eu leio a tua matéria e digo que tu escreves como um sacerdote, como um teólogo; é um homem que escreve...é “uma caneta inspirada”, com tanta sensibilidade, não é só pura emoção, mas ele consegue colocar a razão muitas vezes no meio das lágrimas, da dor, do sofrimento, levando as pessoas a uma reflexão para que tenham uma vida digna, equilibrada. Porque sem isso a vida não faz sentido! E as matérias, os cronistas do jornal Zero Hora não desempenham simplesmente um papel profissional, por meio do qual, no final do mês, vão lá pegar o seu contracheque, o seu salário. Escrevem com amor, com dedicação, com razão, com inteligência, com equilíbrio, as suas matérias.

Essa é a leitura que faço, é a interpretação dou, todos os senhores, na especialidade das suas crônicas, conseguem passar, quer seja na política, quer seja em assuntos relacionados à família, nas matérias sobre drogas, por exemplo, que é uma área que me preocupa... Pois este Vereador está vivo por um milagre, também, porque fui vítima da violência há um tempo, carrego - e não me canso de dizer - as cicatrizes de um balaço de um 38 que entrou pelo meio do pescoço e saiu pelo pulmão, deixando-me no chão. Essas matérias sobre violência fazendo a sociedade buscar os seus valores nas suas raízes são matérias que levam à reflexão, essa série de matérias sobre drogas, cracklandia, alertando a sociedade, levam a sociedade a uma reflexão.

Como Vereador da Bancada do PTB - já falou o Ver. Elói Guimarães; nosso Líder de Bancada, Cassiá Carpes -, quero dizer que para nós, do PTB, é uma honra poder fazer esta reflexão, junto aos senhores, sobre a forma como os senhores têm passado as suas mensagens, por suas crônicas, ao cidadão, ao leitor. Eu, particularmente, fico incompleto, não consigo trabalhar sem antes dar a minha lida no jornal Zero Hora. E eu não deixo - os outros cronistas que me perdoem, leio todos - de ler o Sant’Ana. Sem a crônica do Sant’Ana não dá para finalizar; é como se fosse a última página da Bíblia, do Apocalipse. Há que ser lida porque ali está a bênção, ali é o homem que coloca o coração, dá a dica de como ter uma vida melhor, valores de vida, valores que mantêm a vida humana sobre a Terra - ele consegue passar isso. Não é simplesmente a matéria por si só, mas ele tanto orienta, esclarece, como dá junto o conselho.

Meus parabéns a todos os senhores e, mais uma vez, ao Ver. Haroldo de Souza, que foi tão feliz no seu pedido a esta Câmara, valorizando esse Jornal que tanto ajuda, tanto facilita a vida humana. O meu muito obrigado, e parabéns ao jornal Zero Hora pelos seus 40 anos! Obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Srª Presidenta desta Casa, Verª Margarete Moraes; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Cumprimento também o Ver. Haroldo e o Ver. Sebastião Melo por terem tido a idéia magnífica de pedirem esta homenagem pelos 40 anos do jornal Zero Hora.

Eu venho do rádio popular. Nesse trabalho eu tive a oportunidade de, em algum instante, estar também trabalhando na RBS, a convite, eu me lembro, na época, do Dr. Maurício. É um dos orgulhos que eu tenho em toda minha carreira de rádio, que comecei com 13 anos de idade. Lembro-me de que, quando eu cheguei aqui na Cidade, 1975, uma das coisas que eu fazia, por obrigação, era começar a leitura do jornal Zero Hora pela parte policial, porque, afinal de contas, nós, no programa popular, usávamos muito como fonte as notícias de Zero Hora da página policial. A exemplo do que falou o Ver. Isaac Ainhorn, eu me lembro muito bem da Zero Hora começada a ser lida de trás para diante, com o Carlos Nobre, com as suas piadas realmente sensacionais e com uma garota sempre muito linda na última página de Zero Hora. Hoje, muita gente ainda adota esse costume, de ler o Jornal de trás para diante utilizando as idéias desse fabuloso ex-Vereador desta Casa, Paulo Sant’Ana, que realmente nos encanta com os textos que ele expõe na última página do Jornal.

Eu acho que os tempos mudaram, não apenas para mim, mas no geral, dentro da sociedade, e a Zero Hora acompanha, realmente, essas mudanças. Porque, quando eu cheguei aqui, em 1975, eu lembro que era muito difícil alguém ler as partes políticas do Jornal. As notícias sobre política ficavam para o último plano, e apenas aquelas pessoas que militavam no campo político é que podiam ler páginas, por exemplo, como a de Rosane de Oliveira.

Hoje, Rosane, eu vejo a Zero Hora realmente de uma forma até, eu acho, perigosa, porque, em alguns casos, ela acaba tirando um pouco daquele trabalho político que deveria ser efetuado. Eu vejo assim: os políticos, hoje, numa grande maioria, buscam inspiração nas páginas do jornal Zero Hora, naquilo que você escreve, naquilo que os outros cronistas de Zero Hora escrevem para poder fazer os seus debates. Eu acho que deveria ser o contrário, pois me lembro de uma época em que fazia cobertura do que acontecia aqui nesta Casa o Melchíades Stricher, um grande amigo que passou aqui; lembra, Paulo Sant' Ana? O Melchíades cobria os fatos e levava para o Jornal aquilo que realmente acontecia aqui na Casa, e os debates eram exatamente sobre os assuntos da Cidade. Hoje, se nós formos fazer uma coleta dos discursos que são feitos aqui na Câmara Municipal, nós vamos ver que boa parte desses discursos está lastreado exatamente nas opiniões que são emitidas nas páginas políticas do jornal Zero Hora. Acho que é um erro político, os jornalistas é que deveriam noticiar aquilo que acontece aqui, e não os políticos comentarem aquilo que está nas páginas dos jornais, mas vem acontecendo isso nos últimos tempos, e acredito que faz parte dessa ascensão do jornal Zero Hora. Cresceu tanto o jornalismo, os jornalistas ficaram tão importantes nas suas manifestações e na divulgação das idéias políticas, que os políticos, acredito, ficaram para trás e hoje são obrigados a virem de arrasto para poderem acompanhar um pouquinho da atualidade.

Cumprimento pela belíssima página 10, da Rosane de Oliveira, que está realmente magistral. Quero cumprimentar o Marco Aurélio que é também uma das minhas leituras prediletas de final de semana. Cumprimento o meu amigo Paulo Sant’Ana, e, aqui nesta Casa, eu não diria, Paulo Sant’Ana, e eu sou muito realista, que você foi um dos melhores Vereadores que passou por aqui; eu diria, sim, que você foi uma das maiores inteligências que eu conheci durante toda a minha vida, e eu tive a honra realmente de ter assento, junto contigo, numa Bancada nesta Casa.

Cumprimento a todos vocês, e que esses 40 anos do jornal Zero Hora possam ser redobrados com muita felicidade, que vocês possam continuar inspirando nós, políticos, para que possamos melhorar mais, porque, afinal de contas, como representantes da sociedade, nós somos obrigados, num determinado momento, a nos equiparar pelo menos com vocês e começarmos realmente a sermos notícias, a ter o que vocês comentarem, é claro, fatos positivos, mas que realmente a gente não fique nessa lengalenga que, muitas vezes, aborrece a sociedade, que é apenas comentar aquilo que é escrito nas páginas do jornal Zero Hora. Um grande abraço.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Srª Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras. (Saúda os componentes e demais presentes.) A vida começa aos quarenta, diz um velho ditado, oriundo da sabedoria popular, que, por ser popular, não é de menos sabedoria. É o tempo da consolidação, da maturidade e da plenitude. É motivo de reflexão, de contemplação do passado e de prospecção do futuro.

Pois o jornal Zero Hora comemorou, no dia 04 de maio, os seus 40 anos de existência, o que leva esta Casa a homenageá-lo, nesta oportunidade, por iniciativa dos Vereadores Sebastião Mello e Haroldo de Souza, que obteve voto favorável da unanimidade dos Vereadores.

Quarenta anos de Zero Hora! Quarenta anos em que o jornal Zero Hora se tornou o principal diário impresso do Rio Grande do Sul  e um dos seis maiores e mais respeitados no Brasil. Com uma tiragem média de 177 mil exemplares/dia, tornou-se também o líder em número de leitores no Estado e conquistou a preferência do mercado anunciante, cujo prestígio se revela na programação diária.

Essas posições não foram galgadas ao sabor do acaso ou por bafejo da deusa fortuna, e sim por expressões tangíveis do talento de seus administradores e colaboradores, que, a partir do grande homem que foi Maurício Sirotsky Sobrinho, mantêm os olhos voltados para o seu ideal, sem perder a tangência da realidade diuturna.

A liderança de Zero Hora não se configura apenas por ser um Jornal atualizado, de feição moderna, cuja estrutura, em todas as áreas, da redação ao parque gráfico, conta com tecnologia de ponta, na vanguarda da imprensa nacional. O grande diferencial de Zero Hora, o que a destaca e a faz ímpar, é exatamente a qualificação de seus recursos humanos, indiscutivelmente uma equipe de expressão máxima no cenário da mídia brasileira.

Quem acompanhou a história de Zero Hora sabe que esta grande empresa não navegou em um mar de rosas e facilidades, desde o seu nascimento, este ocorrido já em meio à procela e ao imprevisível. A evolução de sua trajetória pode ser bem entendida através dos sucessivos slogans que adotou, nas muitas campanhas institucionais que realizou para si, como por exemplo: “A fonte da informação”, “Um jornal que não pára no tempo”, “O Rio Grande, dono de um jornal”, “Já leu a sua Zero hoje?”, “Compromisso com a inteligência do leitor”, “A vida por todos os lados”.

Como assinante, tenho um testemunho pessoal a dar sobre Zero Hora e a satisfação do cliente. Recebo o jornal Zero Hora, diariamente, a partir das cinco horas da manhã, na porta de meu apartamento, no segundo andar do prédio onde moro. Parabéns ao entregador do Jornal, que tão bem representa Zero Hora, buscando e conseguindo o encantamento do cliente, como é o meu caso. Pode-se, desde aí, perceber o compromisso e a interação da empresa com os leitores, de cujas vidas quer participar e, de fato, participa.

Está aí a evidência de que Zero Hora não é apenas “mais uma empresa”, mas se diz, é de fato e age em meio à sociedade como parte integrante dessa mesma sociedade, interagindo proativamente com todos os demais segmentos que a compõem, construindo o futuro e participando de sua vida. Zero Hora,  um Jornal maiúsculo e inteiramente confiável, no vigor de seus quarenta anos,  sempre soube conquistar qualidade, observar a ética e manter a independência.

Recebam todos os integrantes do jornal Zero Hora, dirigentes e colaboradores, os cumprimentos da Bancada do Partido Progressista, na qual tenho como companheiros os ilustres Vereadores João Antonio Dib, Pedro Américo Leal e Beto Moesch, que fazem questão de dizer que assinam e lêem o jornal Zero Hora.

Os nossos votos de que Deus Nosso Senhor os ajude a manterem a Zero Hora nesse sadio caminho do trabalho em favor do bem comum. Parabéns! Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): A Verª Clênia Maranhão está com a palavra em Grande Expediente.

 

A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Srª Presidenta, Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Falo também em nome do Ver. Wilton Araújo, que compõe também a nossa Bancada, a Bancada do PPS. Nós queríamos, preliminarmente, parabenizar a Bancada do PMDB pela possibilidade de, nesta tarde, participarmos deste aniversário: 40 anos do jornal Zero Hora.

O aniversário é usualmente o dia em que o indivíduo rememora a sua história. O aniversário de um órgão de comunicação é um momento em que o conjunto dos leitores relembra as suas histórias e quando nos traz à lembrança as notícias do fatos que nos fazem sentir mais perto deles e que nos fazem sentir muitas vezes como parte integrante desses fatos. Hoje, no plenário desta Casa, podemos, então, reviver uma parte da história desses 40 anos do Brasil e do Rio Grande do Sul, iniciando pela recordação do jornal Última Hora e do jornalista Samuel Weiner. Podemos, então, nos lembrar dos períodos de democracia e de falta de liberdade, de vitórias e de catástrofes vivenciados pela sociedade brasileira e, também, podemos comemorar o fato dos conhecimentos advindos das nossas leituras dos colunistas e dos articulistas do jornal Zero Hora.

Eu queria, entre tantas coisas que deveriam e que poderiam ser destacadas neste momento, apenas destacar a posição do jornal Zero Hora em relação a um dos temas fundamentais de toda e qualquer sociedade: a questão social. O compromisso de Zero Hora em relação à questão social se comprova pelos espaços de notícias, pelo inovador guia de ética e responsabilidade social; pela atuação da Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho; pelo projeto “O Amor é a Melhor Herança, Cuide das Crianças”, onde os monstros nos estimulam a sermos mais humanos e mais humanas.

A preocupação com os temas da contemporaneidade e a competência das suas coberturas fazem com que possamos, neste ato, comemorar, não permitindo que esta comemoração seja apenas uma comemoração da empresa, dos jornalistas e dos seus diretores, mas que seja também dos seus leitores e leitoras, que seja também um momento de comemoração para as Parlamentares, os Parlamentares e o conjunto deste Parlamento, que expressam neste ato o respeito e o reconhecimento pela trajetória do jornal Zero Hora, da empresa e de todos aqueles que fazem, no dia-a-dia, a possibilidade de sermos conhecedores dos fatos políticos da nossa realidade e de outros lugares do mundo. Vida longa à Zero Hora. (Palmas.)

 

(Não revisto pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Ervino Besson está com a palavra em Grande Expediente.

 

O SR. ERVINO BESSON: Srª Presidenta, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) O jornal Zero Hora é um dos jornais mais importantes e respeitados do País, circulando em todo o nosso Estado e também em outros Estados. No mercado gaúcho, segundo o Ibope, possui 1 milhão e 328 mil leitores. O jornal Zero Hora teve o reconhecimento desta Casa - eu saúdo os Vereadores Haroldo de Souza e Sebastião Melo por esta iniciativa - e também recebeu reconhecimento pelos seus 40 anos da Assembléia Legislativa do Estado, do Congresso Nacional, dos seus Deputados e Senadores. Esses extraordinários construtores e mestres: Maurício Sirotsky, Jayme Sirotsky, Fernando Ernesto Correia e outros.

A história do País sempre foi tratada pelo Jornal, nestes 40 anos, que sempre foi fiel ao seu público, aos seus leitores, transmitindo a realidade que se passa no mundo.

Meu caro amigo jornalista Paulo Sant’Ana, ao saudá-lo, eu quero prestar uma saudação muito especial a todos os homens que trabalham nessa grande empresa e, ao saudar a Rosane de Oliveira, com muito carinho, saúdo a todas as mulheres que trabalham na empresa.

Mas, como foi dito aqui, Paulo Sant’Ana - e eu disse a V. Sª -, eu tenho, por hábito, no meu café matinal, ler a sua coluna, há muitos anos, tomando um chimarrão. E eu vou lembrar de uma delas, como milhares que V. Sª escreveu e que ainda escreverá em sua trajetória. Eu tinha de fazer uma palestra sobre tabagismo numa escola e não tinha preparado nada. Abri a Zero Hora, e, por coincidência, a sua coluna tratava do assunto: “O Medo da Agonia”. Como foi dito aqui pelo Ver. Elias Vidal, o jornalista Paulo Sant’Ana, que é um fumante, abordava o tema com muita espontaneidade. E aquela crônica está guardada, com muito carinho, até hoje. Naquela palestra sobre tabagismo, com  mais de cem alunos, mostramos a sua crônica, a sua forma e a sua espontaneidade de escrever. Fica aqui este reconhecimento, caro amigo Paulo Sant’Ana.

A empresa Zero Hora possui 190 jornalistas, entre os mil e 400 profissionais da mais alta qualidade. Durante 24 horas o Jornal não pára, na busca de fatos, de notícias para bem informar o público. Como disse aqui o Ver. Elói Guimarães, quando um Vereador fala na Casa do Povo, ele fala em nome da Cidade. Portanto, para nós, Vereadores e Vereadoras, hoje é um dia glorioso e gratificante, por estarmos prestando esta homenagem ao extraordinário jornal Zero Hora. Que Deus acompanhe cada um de vocês, para que possam continuar, no seu dia-a-dia, informando o nosso povo sobre o que se passa no nosso País e no mundo. Um fraterno abraço, muito carinhoso e vida longa a essa grande família que é a família Zero Hora. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Valdir Caetano está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. VALDIR CAETANO: Srª Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Parabenizo os Vereadores Haroldo de Souza e Sebastião Melo pela iniciativa desta homenagem. Uso o tempo de Liderança do meu Partido para falar dos 40 anos do jornal Zero Hora, que tem-se destacado pelo que tem feito a cada um de nós, gaúchos, informando-nos sobre as notícias e acontecimentos do nosso Estado, do nosso País e também de todo o mundo. Tenho visto, nestes anos em que estamos na política, que o jornal Zero Hora tem feito um trabalho não somente político, mas um trabalho voltado para o crescimento do nosso Estado, que sem duvida nenhuma, senhoras e senhores, pode orgulhar os responsáveis por cada página deste Jornal.

Quero parabenizar a jornalista Rosane de Oliveira, que, de uma forma muito brilhante, assumiu a página 10, coluna tão importante, e que tem feito um trabalho realmente muito bom, demonstrando a política de uma maneira imparcial.

Quero parabenizar, também, o jornalista Paulo Sant’Ana e dizer-lhe que sou um  leitor assíduo da sua coluna. Ele já teve também a oportunidade de participar de um programa de rádio - por telefone - que faço, às 12h30min, o “Voz da Comunidade”. Quero dizer que muitos assuntos que nós debatemos no nosso programa são assuntos que vêm das páginas do jornal Zero Hora.

Então, parabéns, parabéns pelos 40 anos, e, com certeza, com essa dignidade, com essa postura e essa maneira imparcial de informar ao povo gaúcho, vocês irão, sem dúvida nenhuma, fazer muitos e muitos 40 anos. Parabéns! (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Cassiá Carpes está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. CASSIÁ CARPES: Srª Presidenta, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Quero felicitar a idéia brilhante do Ver. Sebastião Melo e do Ver. Haroldo de Souza. Coincidentemente, neste Grande Expediente, os nossos colegas Ver. Elói Guimarães e Ver. Elias Vidal estão inscritos, e este Vereador, Líder da Bancada, não. Portanto, uso neste momento a tribuna, em tempo de Liderança, para que nós nos possamos somar a esta grande homenagem de 40 anos do jornal Zero Hora.

A gente que é do Interior, parece-me, tem uma visão mais ampla do que representou a Zero Hora. Imaginem, São Borja, são 600 quilômetros, Rosane. Naquela época, o Jornal chegava lá à tarde, eu lembro bem, a dominical chegava lá pelas três, quatro horas da tarde. Então, isso mostra que nós viemos nesse caminho, seguindo a trajetória do jornal Zero Hora, e ela, para nós, foi importante - o Paulo Sant’Ana, que está aqui, sabe como foi importante para mim o jornal Zero Hora em termos do esporte.

E lembro que, em 1994, eu mesmo colaborei com o jornal Zero Hora e com a rádio também, no sentido de divulgar e fazer aquela campanha da Copa do Mundo do Brasil. E esse Jornal, esse veículo de comunicação tão importante, foi fundamental para que nós, gaúchos, soubéssemos o que acontecia - e o que acontece - no mundo da bola, no mundo da política e no mundo social.

Então, o jornal Zero Hora tem para nós, do Interior, uma conotação muito especial, porque ele nos deu a visão, uma visão ampla do esporte, da cultura, da política, e nós estamos aqui seguindo os passos do jornal Zero Hora. Se não temos 40 anos de política, somando aí, nós andamos paralelamente juntos ao jornal Zero Hora. E como ele foi importante para nós, gaúchos, no sentido de balizarmos o que é fundamental para a vida política, cultural, social e desportiva do Rio Grande. Neste momento, em que o jornal Zero Hora faz 40 anos, nós não poderíamos nos furtar de dar aqui o exemplo de que o jornal Zero Hora nos acompanha em qualquer atividade.

Portanto, parabéns a todos os funcionários, a esse veículo de comunicação que serve para nós, todos os dias, como uma referência. Nós não podemos ficar sem a leitura do jornal Zero Hora. Hoje temos outros veículos de comunicação que são excepcionais, isso mostra a qualidade do nosso jornalismo do Rio Grande do Sul, da nossa imprensa do Rio Grande do Sul. O jornal Zero Hora tem para nós uma noção de que devemos seguir os passos do jornal Zero Hora; 40 anos, e, conseqüentemente, a política gaúcha não fica sem ler o jornal Zero Hora, e nós estamos aqui dependentes das informações desse Jornal, da forma como o jornal Zero Hora coloca para os gaúchos a notícia, a informação e os aspectos políticos.

Em nome do Partido Trabalhista Brasileiro, a nossa solidariedade pelos seus 40 anos. Tenho certeza de que o jornal Zero Hora continuará perfeitamente entrosado na vida política do Rio Grande, do Brasil, levando e elevando também o nome dos gaúchos como um grande jornal em nível nacional. E quem conhece, como nós que viajamos pelo Brasil, sabe como é importante, lá em São Paulo, no Rio, na Bahia - o Ver. Haroldo sabe bem disso -, pegarmos o Jornal da qualidade do jornal Zero Hora, isso era, para nós, o balizador do dia-a-dia.

Meus parabéns, em nome do Partido Trabalhista Brasileiro, em nome da nossa Bancada e em nome desta Casa, mais uma vez, parabéns, principalmente a todos os funcionários que fazem desse grande Jornal uma potência no Brasil e do mundo. Parabéns a todos. (Palmas.)

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Gerson Almeida está com a palavra em Grande Expediente.

 

O SR. GERSON ALMEIDA: Sr. Presidenta, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) É uma satisfação que nós possamos tratar, aproveitando a homenagem da Câmara de Vereadores aos 40 anos do jornal Zero Hora, de um Jornal que é um dos organismos da maior rede de comunicação do Estado, e uma das maiores do País.

Discutir 40 anos de uma instituição como esta, com certeza, é discutir uma instituição que está viva, porque ela não está apenas na memória dos gaúchos, dos brasileiros, ela é, ainda, uma instituição que pretende - acredito - viver outros tantos 40 anos. E para instituições vivas, que são contemporâneas, como a própria natureza de uma empresa de comunicação deve ser, os melhores anos sempre foram aqueles que passaram, porque se avizinham à frente os anos que ainda estão para serem construídos, e aqueles passados, com as suas virtudes e seus problemas, já passaram. Sempre, para as instituições vivas, o futuro é mais complicado e mais difícil, mesmo que no passado tenhamos vivido um regime de exceção - uma boa parte desse período - e tenhamos vivido os grandes dilemas das instituições públicas da sociedade brasileira, que é construir alternativas para a democracia nascente no País. Portanto, não foram quaisquer anos. E agora mesmo nós vivemos um momento de grande expectativa e até de novidade, em boa medida, com a vitória de Lula para Presidência da República. E a grande expectativa que a vitória, pelas características que tem, a origem social, a construção política, por ser um Partido que representa, também, uma alternativa de construção ao status quo, que, nos últimos anos, por meio do chamado neoliberalismo, dominou a cena política internacional...é uma novidade como se relacionar com essas novidades. Portanto, sempre o que vem pela frente é mais complicado.

Agora, eu digo isso porque provavelmente os dilemas de um importante Jornal como Zero Hora são, muitas vezes, semelhantes - guardando, naturalmente, a natureza distinta e os papéis que tem cada instituição -, é muito semelhante, também, às vezes, aos dilemas dos Partidos políticos democráticos, os quais vivem da opinião púbica, da construção de opinião e da elaboração permanente de acordos sociais, políticos. Afinal de contas, que País nós queremos, que mundo nós queremos e como nós devemos incidir? Cada um com o seu papel, e, naturalmente, a imprensa não como uma protagonista da mesma natureza que os Partidos, mas, num regime democrático e numa sociedade complexa como a nossa, é evidente que é impossível falar de democracia e de projetos sociais, nacionais ou internacionais que não estejam sustentados pela construção da opinião, pela capacidade de produzir uma informação de qualidade, densa e que seja capaz de aferir, a cada momento, como o ambiente social e a construção que esses sujeitos que se movimentam estão realizando. Apreender esses momentos - esse é o grande desafio.

Eu acredito que, no caso de um jornal diário, seja esse o dilema de todos aqueles profissionais que têm de, a cada dia, apresentar o melhor produto no seu trabalho, que é o jornal diário. Um jornal diário em que, às vezes - quando sai para as bancas e quando a gente o compra nas bancas -, já existe uma “bomba”, uma grande notícia que já o desatualizou em alguma medida.

Então, esse dilema me parece que está muito recolocado. Porque nós estamos vivendo um período - por isso eu digo que os anos que vêm sempre são mais difíceis do que os que já passaram, porque aqueles já deixaram as suas cicatrizes e nós já aprendemos com eles - em que, por exemplo, a maior democracia do planeta, uma referência muito importante, vive um grande problema de construção: como se construir uma empresa democrática num período de guerra, por exemplo? Hoje, nós sabemos que muitas das informações são filtradas, mediadas pelos interesses de um país que está em guerra. Portanto, nós tivemos que ver, antes, em insight, as fotografias que chocaram a consciência democrática do mundo, nos próprios grandes jornais que formaram uma idéia e um conceito de democracia, que é uma referência para todos nós.

O processo de construção da democracia nunca está completo. Ele é sempre um processo em curso, é sempre um processo que precisa ser construído, é um movimento sem fim. Parece-me que esse dilema, talvez, unifique os interesses e a forma de organização, de se colocar diante do futuro, de Partidos e equipamentos, instrumentos de imprensa, porque nós, também, não podemos viver do passado, os nossos melhores anos também foram aqueles que passaram, os anos atuais sempre são os anos mais difíceis, porque, afinal de contas, nós também já temos mais experiência até para enfrentar essas dificuldades.

Eu aproveito esta justa homenagem que a Câmara de Vereadores faz a um dos jornais de maior circulação do País para fazer, pelo menos, uma tentativa de reflexão sobre um dilema permanente para a democracia brasileira - e não só para a brasileira -, que é a necessidade que ela tem, para se completar, para se construir, de uma imprensa cada vez mais forte, cada vez melhor, uma imprensa que seja capaz de ser sempre contemporânea, do seu tempo, uma imprensa que não seja, naturalmente, uma imprensa servil a nenhuma experiência de Governo ou a qualquer outro interesse, assim como não seja, também, uma imprensa que tenha como papel ser um elemento de construção de apenas uma parte da opinião. Esse desafio é, talvez, um dos desafios mais difíceis que nós temos. E eu tenho certeza de que os profissionais do jornal Zero Hora devem-se questionar, a cada dia, se foram capazes de assegurar isso, porque essa é a interrogação que nós, que também somos homens e mulheres públicos, responsáveis por representar a opinião de vários setores sociais, nos fazemos diariamente, se fizemos o melhor que era possível fazer. E esse dilema fica muito mais agudo para quem tem de colocar um produto com alta responsabilidade, todos os dias, nas mãos de milhares e milhares de pessoas.

Parabéns pelos 40 anos do jornal Zero Hora! Eu tenho certeza de que, na caminhada dos próximos 40 anos, das próximas décadas, nós nos devemos desafiar a ter, cada vez mais, um Jornal melhor, porque a sociedade gaúcha, a sociedade porto-alegrense, com certeza, é cada vez mais exigente com todas as instituições públicas e condena, para o bem e para o mal, aqueles que não são capazes de estar à altura desses tempos. E acredito que o jornal Zero Hora chegou aos 40 anos, porque tem uma equipe de funcionários que é capaz de realizar isso. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra em Grande Expediente, por cedência de tempo do Ver. Guilherme Barbosa.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Srª Presidenta e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Realmente, era de antever-se que uma data como esta motivasse os inúmeros pronunciamentos que aqui já ocorreram, todos eles no sentido de registrar e ampliar as homenagens que o jornal Zero Hora vem recebendo ao curso dos seus 40 anos, que agora se acentuam de forma mais objetiva.

Aliás, meu caro Luis Roberto Ponte, as coisas se repetem. Eu, olhando o Paulo Sant’Ana, meu companheiro de representação nesta Casa há alguns anos, surpreendo-me que homenagearam o jornal Zero Hora quando ele completou 10 anos de existência. Naquela ocasião, Rosane, a iniciativa não foi do Ver. Haroldo de Souza, foi, Ver. Elói Guimarães, do Ver. Geraldo Brochado da Rocha, e o nosso Líder, Santana, o grande Ver. Ábio Hervê, concedeu-me a condição de falar em nome da Aliança Renovadora Nacional, de vez que, na ocasião, nós tínhamos duas únicas Bancadas na Casa, eram a camisa-de-força do maniqueísmo do bipartidarismo. O orador deveria ser o Paulo Sant’Ana, mas ele abriu mão dessa honraria, porque disse que não ficaria bem ele, integrando a equipe do jornal Zero Hora, se pronunciar naquela ocasião. E aí, Verª Clênia, concedeu-me uma frase, que foi a base do meu pronunciamento. O Paulo me dizia, Marcelo, que eu deveria centrar a intervenção que faria em nome do meu Partido - Ver. Dib, V. Exª. se lembra - na afirmação de que Zero Hora era uma escola de jornalismo. E assim o fiz. E, no dia posterior, para minha alegria, foi a manchete que presidiu o noticiário a respeito da homenagem que a Câmara Municipal fazia há 30 anos.

Na ocasião era fácil dizer que era uma escola de jornalismo, porque a gente via que vários valores novos que haviam surgido na imprensa local haviam tido uma passagem pela redação do jornal Zero Hora, pela reportagem do jornal Zero Hora, e depois seguido o rumo para outros campos do jornalismo brasileiro. E eu lembro bem que a um nome nós não deixamos de nos referir naquela ocasião, era o Marcão, o grande Marcão, meu amigo dos tempos acadêmicos e que brilhava no jornalismo paulista depois de ter passado algum período aqui no jornal Zero Hora.

Dá para repetir hoje essa expressão? Com toda a certeza, sim, ainda que com outras conotações. Eu não mais diria que o jornal Zero Hora é uma escola de jornalismo, diria até mais, diria que é uma universidade de bons jornalistas, porque hoje aqueles que eram revelados pelo jornalismo e que continuam nos quadros da Zero Hora são pós-graduados no bom jornalismo que o jornal Zero Hora vem fazendo ao longo de seus 40 anos de idade.

Diria mais, diria que o jornal Zero Hora consegue um feito, a meu juízo, muito especial, consegue se renovar com muita freqüência sem perder os seus vínculos com os compromissos iniciais. É lógico que essa renovação não é absoluta. Existem figuras, como o Paulo Sant’Ana, que eu não posso apresentar como fruto de uma renovação, porque ele é dos primeiros no jornal Zero Hora, o Marco Aurélio também o acompanha. Mas eu lembro até que a figura dos homenageados há 30 anos eram o Maurício Sirotsky, o Fernando Ernesto Corrêa, que hoje está aqui representado no seu filho, que tem a responsabilidade, inclusive, de ser o representante da empresa nesta homenagem que a Casa faz.

Por tudo isso, Verª Margarete Moraes, e como V. Exª. nos cobra rigor com relação ao tempo, nós queremos dizer o seguinte: já foi tão elogiado o nosso jornal Zero Hora, suas qualidades já foram tão vibrantemente exaltadas, e nós só podemos acrescentar neste momento, meu caro Sant’Ana, duas coisas. Primeiro, que eu posso ampliar as minhas referências proferidas 30 anos passados, e, segundo, e o mais importante, é que nada, absolutamente nada, inutiliza aquele meu pronunciamento; antes pelo contrário, criaram mais condições para que ele se realizasse na plenitude, porque eu acho que uma boa escola de jornalismo - meu caro Barbosa, que me deu o privilégio de poder falar nesta Sessão, cedendo-me o seu tempo, pelo que eu sou muito grato - tem de ensinar os seus jornalistas a escrever aquilo que ele acha que deve escrever, e isso pode eventualmente até nos desagradar. E eu não sou daqueles que defendem a liberdade de imprensa para dizer as coisas que eu gosto que sejam ditas. Eu, com muita freqüência, me desagrado com o noticiário do jornal Zero Hora, mas nem por isso deixo de reconhecer a importância que ele tem no contexto do jornalismo metropolitano.

Por isso, pelo jornal Zero Hora ter sido essa escola que se transformou em universidade, eu estou aqui em nome do Partido da Frente Liberal, no tempo em que o meu amigo Ver. Guilherme Barbosa, do Partido dos Trabalhadores, me concedeu, para dizer-lhes do meu respeito, da minha homenagem e da minha expectativa de que eu possa, no cinqüentenário do jornal Zero Hora, estar junto com vocês confraternizando, na mesma linha que essa empresa soube, desde a sua fundação, imprimir ao seu jornalismo: responsabilidade, seriedade, compenetração e, sobretudo, cumplicidade com o seu leitor.  (Palmas.)

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Cláudio Sebenelo está com a palavra em Grande Expediente.

 

O SR. CLÁUDIO SEBENELO: Caríssima Presidenta desta Casa, Verª Margarete Moraes; eu peço desculpa pela minha pequenez em falar para uma massa crítica imensa, inteligente, competente. Eu me sinto como um menino, um adolescente no fim do século XIX, que descobria o motor à explosão, que descobria o daguerreótipo, que descobria a luz elétrica. E essa sensação de menino de fim do século XIX eu tive em 1956, quando descobri, em Buenos Aires, a escada rolante do Gath Chavez, hoje extinto como tantas coisas que se extinguiram em Buenos Aires. Eu descobri a televisão em preto e branco, em 1956, e descobri a escada rolante, o metrô - o metrô de Buenos Aires. Aquilo, para mim, era uma novidade fantástica! Eu delirava naquela Cidade! Eu fui a um grande jogo de futebol, Brasil e Argentina, e o que mais me enlouqueceu não foi no jogo, foi depois do jogo. Nós empatamos em zero a zero; foi um jogaço! E eu me lembro, Dr. Ponte, que o Brasil tinha um centroavante que jogava no América; chamava-se Leônidas. Ele deu uma paulada tão forte, a bola bateu na trave e ficou elíptica, deixou de ser redonda, tal a força! Isso estava numa foto, só que essa foto estava num jornal, e só que esse jornal saiu no momento em que terminou a partida. Pela primeira vez eu tive contato com a instantaneidade do jornal, foi a primeira vez em que eu pisei na “sociedade da pressa”, essa sociedade que nos faz substituir a maravilha daquela quebrada incrível de parar e falar com os meus filhos e com a minha mulher no almoço. Então, ao vou a um fast-food, como em cinco minutos e já vou para outra, porque a vida é assim e exige.

Pois o jornal Zero Hora soube-se insinuar nessa sociedade da pressa, porque ele já nasceu tablóide. E soube usar uma coisa que, por um lado, foi uma grande picaretagem que o mundo aceitou, que se chamava “leitura dinâmica”, mas que ontem era solução para os jornais: escrever rápido, pouco, e que as pessoas se obrigassem, instantaneamente, a pensar em leitura dinâmica. Um livro de filosofia exige horas e horas, às vezes, por uma frase, mas a leitura dinâmica, não. E Zero Hora não só cresceu na sua tiragem - todos nós fomos testemunhas do seu nascimento -, como cresceu também na qualidade. Eu tinha um amigo que trabalhava em Zero Hora, falecido, chamado Roberto Eduardo Xavier, e ele diria assim: “Nós tínhamos que luisfernandoverissimizar e paulossantanizar” os nossos jornais. Essa era uma frase de efeito evidente, mas uma frase que refletia a qualidade.

Essa questão da instantaneidade estaria muito ligada à felicidade social, e essa felicidade social precisa e vive de uma grandeza, de uma derivada chamada tempo, tempo para pensar. Mais ou menos há dez anos, num vestibular da PUC, cinco mil zeros ocorreram em redação. Houve cinco mil zeros. E, por causa desses cinco mil zeros, os professores saíram enlouquecidos em busca do porquê desse fato. Aí, eles chegaram a uma só conclusão: que viviam a época da imagem.

O velho Eça de Queirós, no “Primo Basílio”, ocupa mais ou menos 30 páginas para a chegada do primo à casa da prima, já casada com outro, e descreve todo o vestíbulo, tudo o que se chama hoje de living, já num estilo bem barroco, bem português. A televisão, numa série, o “Primo Basílio”, mostra essas 30 páginas em menos de 30 segundos.

A questão da imagem ficou fundamental, e hoje eu queria fazer uma homenagem também aos colunistas, também aos chargistas, também aos pensadores, também aos intelectuais, mas, principalmente, à emergência de uma nova classe de inteligência que são os fotógrafos. Os jornais passam a ter essa sedução, essa emoção fantástica que tive,  numa manhã de sábado, às 7h, vendo - sem ler - o jornal Zero Hora. E eu telefonei, naquele instante, para a redação, e, naquele instante, atendeu uma pessoa - não sei se ainda trabalha lá, Geraldo -, chamava-se Eliziário, era o nome do jornalista, e eu disse que havia chorado, em prantos, ao ver, numa cena urbana, insuportável, um brigadiano fazendo um parto, no cimento, e tirando das entranhas subterrâneas do Mercado Público, uma criança, um adolescente de oito anos, que vivia com os ratos e com o lixo debaixo do Mercado. A foto vale por milhões de palavras, e pela primeira vez eu entendi a imagem, pela primeira vez eu entendi a comunicação. E uso permanentemente essa imagem como uma crônica, mais do que uma crônica, como um apelo, mais do que um apelo, como um libelo pela vida.

E é por isso, num momento em que falo -  e eu peço desculpas - de improviso, porque realmente o meu dia hoje tem sido quase que insuportável em agenda, peço que os chargistas, os editores, os cronistas, mas principalmente os fotógrafos não deixem cair os sonhos, a fantasia, a realidade, a euforia e a depressão, a vida e a morte, que eu trago, todos os dias, no meu coração, dentro da minha profissão, como um médico de emergência, mas também que represente, esse mesmo jornal, o avanço, o vaivém da democracia e essa espuma branca, maravilhosa, do saber, nessa areia ávida, cheia de dúvidas em busca das certezas e sede das certezas em busca das dúvidas. Essa dúvida chama-se o jornal Zero Hora. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Depois do pronunciamento de 12 Vereadores e Vereadoras, que, certamente, representam a pluralidade do pensamento desta Instituição, desta Casa de Vereadores, eu convido a fazer uso da palavra o representante do jornal Zero Hora, Sr. Geraldo Corrêa, Vice-Presidente da Unidade de Rádio, Jornais e On-Line.

 

O SR. GERALDO CORRÊA: Srª Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Antes de mais nada, eu gostaria de justificar a ausência do Nelson. Tenho certeza de que o Nelson gostaria de estar aqui hoje recebendo esta homenagem da Câmara Municipal de Porto Alegre. Ele está em viagem internacional, coincidentemente está na China, talvez encontre o nosso Presidente, não sei se está em Xangai ou em Pequim, mas estão visitando o mesmo País, então não pôde estar presente no dia de hoje.

Eu gostaria de agradecer, em nome dos 4 mil e 300 colaboradores da RBS, as palavras tão carinhosas que foram proferidas, homenageando os 40 anos do jornal Zero Hora. Tenho certeza de que o Marco Aurélio e o Paulo Sant’Ana são dois dos mais antigos colaboradores da Zero Hora. A Zero Hora tem 40 anos, o Paulo Sant’Ana tem 33 anos de Zero Hora e o Marco Aurélio tem 34 anos de Zero Hora, praticamente, acompanharam toda a trajetória do jornal. Acho que ambos, inclusive, teriam muito mais legitimidade do que eu para falar da história da Zero Hora, pois vivenciaram essa história. Acho que eles simbolizam bem o esforço e o denodo dos mil  e 400 colaboradores, hoje, que trabalham no jornal Zero Hora.

Mas, enfim, coube a mim representar o Jornal. Está no meu DNA um pouco dos 40 anos da Zero Hora, por ser filho de quem sou, e acompanho a trajetória do Jornal, talvez, não com o mesmo envolvimento, com a mesma intensidade, com a mesma demanda que nós temos no Jornal. Realmente, a demanda é uma demanda extraordinária, o nível de dedicação, o nível de doação é extraordinário, para quem faz parte de um Jornal com as características da Zero Hora, mas eu estou muito feliz de estar aqui, circunstancialmente, tendo a condição de representar a empresa nessa homenagem que, para nós, é muito tocante.

Acredito que na comunicação existem algumas diretrizes fundamentais, que dão sustentação a um projeto bem-sucedido, e é em busca delas que direcionamos os nossos esforços diariamente: qualidade de serviços, qualidade industrial, qualidade editorial e qualidade dos nossos recursos humanos.

E já concluímos, por meio de nossas experiências em eventos nacionais e internacionais, examinado jornais líderes de diferentes lugares do mundo, que a relação que o jornal Zero Hora mantém com a comunidade e com seus colabores é, efetivamente, a principal razão do sucesso do Jornal - como vocês colocaram, com muita propriedade -, comprovada com a preferência que, honrosamente, nos dão os leitores gaúchos.

Nosso objetivo diário é atender, e bem, aos interesses dos nossos leitores. Sentimo-nos gratificados quando nos tornamos porta-vozes da população, elegendo temas de comprovado interesse público. Disso são exemplos as campanhas institucionais que sistematicamente desenvolvemos em parceria com a nossa comunidade, como o esforço pela duplicação da BR-101 e a pregação pela segurança no trânsito. Sem contar a campanha “O Amor é a Melhor Herança, Cuide das Crianças” - mencionada pelo Ver. Isaac Ainhorn -, atual bandeira institucional da RBS e contemplada de forma intensa nos espaços editoriais da Zero Hora.

Nossa preocupação em ouvir e dar voz para os leitores é permanente. Zero Hora é o único jornal do Estado que tem uma editoria formada por jornalistas, dedicada especialmente para atendimento de seus leitores. Entre e-mails, faxes, cartas, telefonemas e visitas, atendemos cerca de 60 mil leitores por ano.

Zero Hora mantém uma página diária destinada a divulgar cartas de leitores, com uma sessão específica para críticas a respeito do Jornal. Temos ainda um Conselho de Leitores formado por pessoas da comunidade que se reúnem periodicamente para analisar e propor sugestões de pauta aos nossos editores.

É com esse espírito de abertura que recebemos, hoje, esta homenagem do Parlamento Municipal. Esse reconhecimento prestado pela Câmara da Capital do nosso Estado tem um grande significado, pois é essa instituição que melhor representa os desejos, as aspirações e as demandas porto-alegrenses, focos esses convergentes com uma das principais missões do jornal Zero Hora.

O nosso Diretor de Redação dos jornais da RBS, Marcelo Rech, que está aqui ao meu lado, tem afirmado com muita propriedade que, ao completar 40 anos, a Zero Hora está entrando em sua maturidade, como muito bem destacou o Ver. João Carlos Nedel.

Realmente, se verificarmos o tempo de vida dos jornais nacionais e internacionais, a grande maioria está próxima dos cem anos ou já ultrapassou os cem anos. É essa a aspiração da RBS e dos mais de mil  e 400 colaboradores de Zero Hora, através de seu trabalho correto, pautado em valores éticos que vêm permeando a trajetória da Zero Hora desde a sua fundação, em 1964, e, principalmente, a partir de 1970, quando o Maurício, o Jayme e o Fernando Ernesto adquiriram o controle da Zero Hora.

Iniciado o processo de modernização e profissionalização, Zero Hora logo conquistou o lugar que hoje ocupa como primeiro jornal do Estado e um dos maiores do País. Foi a partir de Zero Hora que a RBS consolidou a sua relação com a comunicação, e entendemos que um jornal com sua própria natureza, ou seja, pela capacidade de ser um registro da história, é indispensável para um empresa que se propõe a ser uma empresa multimídia como a RBS.

Foi também a partir de Zero Hora que surgiu a rede de jornais da RBS, que atualmente reúne quatro títulos no Rio Grande do Sul, dois em Santa Catarina, e a nossa intenção é de ampliar a rede até o final deste ano.

A nossa Zero Hora consolida-se aos 40 anos como um exemplo internacional de sucesso. Eu estarei, junto com o Marcelo Rech, em Istambul, a partir do dia 30, falando para a Associação Mundial dos Jornais sobre o sucesso de Zero Hora. Nós temos tido a capacidade de crescer em circulação, nos últimos anos, quando tem havido uma queda no mercado de circulação na maioria dos jornais nacionais e internacionais. Nós estaremos lá falando um pouco do trabalho que desenvolvemos na Zero Hora.

Sem falsa modéstia, senhoras e senhores, temos muito orgulho desse Jornal, que acaba de completar 40 anos, mas sabemos que ele só conquistou essa posição por causa da exigência de seus leitores. Sabemos que Zero Hora tornou-se o principal jornal fora do eixo Rio-São Paulo graças a cada um de vocês e às pessoas que vocês representam nesta Casa.

Por isso, ao encerrar, quero mais uma vez agradecer ao Parlamento porto-alegrense pela homenagem e por tão bem servir a nossa comunidade. Em nome dos mil e 400 colaboradores da Zero Hora, muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Mais uma vez quero cumprimentar os nossos dois Vereadores, Ver. Haroldo de Souza e Ver. Sebastião Melo pela merecida iniciativa.

Em nome deste Parlamento parabenizo a Zero Hora, a empresa RBS por esses 40 anos. Agradeço a presença de todos e de todas e dou por encerrado este período de Grande Expediente.

Estão suspensos os trabalhos para as despedidas.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 16h29mim.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes - 16h33min): Estão reabertos os trabalhos.

Atenção, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, é com muito pesar que encerro esta Sessão por falta de quórum, ao mesmo tempo que registro o respeito à memória do nosso colega Marco Antônio Damin, Diretor do Patrimônio e Finanças desta Casa. O falecimento do Damin, vítima de câncer de pulmão, deixa um profundo sentimento de tristeza em todos os que tiveram a oportunidade de partilhar da sua companhia. De um profissionalismo inquestionável, Damin ocupou importantes cargos dentro da Administração Pública Municipal, tendo sido coordenador do Gabinete de Planejamento da Prefeitura, Supervisor Administrativo da Secretaria Municipal da Administração, Diretor-Presidente da Carris, Diretor de Patrimônio e Finanças desta Casa por duas vezes e fundador e primeiro Presidente da Acespa - Associação dos Contadores Economistas e Administradores da Prefeitura de  Porto Alegre.

Manifesto, portanto, em nome dos Vereadores e Vereadoras, funcionárias e funcionários, a nossa profunda solidariedade e respeito à família de Marco Antônio Damin.

Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 16h35min.)

 

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